quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Contando histórias... #1

Um jovem descrente, desejando testar o conhecimento de um sábio, ergueu o punho fechado na frente do homem venerado.
- O que tenho na minha mão? - perguntou o jovem.
- Uma borboleta! - foi a resposta do sábio.

- Está viva ou morta? - inquiriu o rapaz.

O ancião sabia que o jovem estava a brincar com ele.
Se respondesse morta, o jovem abriria a mão e deixaria a borboleta voar.
Se respondesse viva, o rapaz fecharia a mão e esmagaria a criatura.

Então o sábio respondeu:

- Está em tuas mãos – fazer aquilo que desejas com ela!
Rabi Elimelech de Lizensk

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Refletindo #2

"Vocês nem sempre terá o que deseja, mas enquanto ajudar os outros encontrará os recursos que necessita"
(André Luiz)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Natal... Já?

A rádio faz-me sempre companhia durante os meus trajetos de carro diariamente: casa - trabalho e trabalho - casa. Como tal, os momentos menos apeltativos (publicidade) passam completamente despercebidos ao meu ouvido. A minha audição parece fazer uma seleção inconsciente.
 
No entanto, hoje, a caminho do trabalho, dei por mim a ouvir uma publicidade. Não sei bem do que era, contudo a música de fundo eram sinos, aquele som típico do Natal. Fiquei chocada com tal facto. Hoje, dia 21 de outubro, e já passam publicidades de Natal? Obviamente que desta forma as coisas, os momentos e as datas se tornam banalizadas. Já não existe aquele gostinho especial, aquela ânsia por esperar ver as monstras a vestirem-se de bolinhas, pinheiros, estrelas... As músicas de Natal deixam de provocar aquela sensação de Felicidade e de Esperança, porque se ouvem com meses de antecedência, dando lugar a sentimentos de aborrecimento...
O mais grave é que se tratam de publicidades que apelam ao consumismo e ao materialismo, ao invés de ser algo que de facto promova os valores Natalícios. Como é que queremos que as crianças não tenham listas infindáveis de brinquedos e de coisas?
 
Porém, nós podemos reverter esta situação, dando prioridade e valorizando o que é realmente importante no Natal: a partilha, a família, a amizade, o carinho, a esperança, a felicidade, os sorrisos. E acreditem que isto só é possível quando nós e as nossas crianças pensarmos no Natal como o Dia da Família e não como o Dia dos Presentes ou o Dia do Pai-Natal!

sábado, 18 de outubro de 2014

Isso também passa!

"Isso também passa."
(Chico Xavier)

Cruzei-me com esta frase esta semana e tem tido um enorme impacto no meu dia-a-dia.
 
Quantas dores, quantos problemas, quantos desafios, quantas preocupações, quantas paixões, quantos desejos, se aglomeram, se tornam em autênticas bolas de neve que vão rolando cada vez mais depressa, envolvidas numa neve que deixa de ser branca e passa a ter as tonalidades acinzentadas ou até mesmo negras? Apenas porque para nós aquilo é a prioridade.
Já parou para pensar se valerá realmente a pena tudo aquilo que tem em mente neste momento e que o preocupa e que até de certa forma o faz sofrer?
 
Tal como, todos os dias reservamos um tempo para a nossa higiene pessoal, deveríamos também reservar, no mínimo, o mesmo tempo para a nossa higiene mental. Perceber até que ponto as nossas prioridades são de facto as mais importantes? Até que ponto não atribuímos prioridades a umas quantas coisas para podermos dizer "não tenho tempo" para as coisas que realmente importam, mas que nos custam fazer? Até que ponto damos valor a algo que é tão passageiro, tão transitório e tão superficial? Até que ponto as consequências de um ato não serão maiores do que o prazer que ele nos dá? As pessoas correm todas de um lado para o outro, o tempo é sempre escasso, a pressa está sempre presente, mas para onde corremos nós com tanta pressa? Se tudo o que é superficial passa, centremo-nos no que realmente é importante e veremos dessa forma que temos tempo de sobra para todas as tarefas.
 
Comecemos pelos nossos pensamentos e façamos um filtro dos pensamentos importantes e dos pensamentos secundários. Passemos para as nossas ações e façamos aquilo que for melhor para nós tendo sempre em conta o bem do maior número de pessoas à nossa volta. Vigiemos o nosso discurso, as nossas palavras e conversemos com as pessoas ao nosso lado de forma positiva e com esperança. E, acima de tudo, centremo-nos no momento presente, no agora. O passado deverá servir apenas para aprendermos lições de vida e o futuro será traçado consoante o dia de hoje, portanto a nossa atenção plena deverá ser para o agora e não para o que vou fazer a seguir.
 
Lembre-se que o que realmente fica é aquilo que cada um é, na sua forma mais pura e genuína. Tudo o que é material, tudo o que é superficial passa de um momento para o outro.
Para quê perder tempo com isso?


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Quem sou eu?

A fotografia que me identifica neste blog é um Beija-Flor. Porquê?

De onde vêm?

O Beija-Flor é uma ave da família Trochilidae e da ordem dos Apodiformes. Existem cerca de 325 espécies conhecidas desta ave. Este grupo de aves é originário da América, sendo que a maior diversidade se encontra no Brasil e no Equador.

Que características tem?
O Beija-Flor é uma ave de pequeno porte, medindo entre 6 a 12 centímetros e pesando entre 2 a 6 gramas. A sua plumagem é colorida e brilhante, contudo a sua coloração não é devido à pigmentação das penas, mas sim pela iridescência na disposição das penas (fenómeno ótico que faz refletir as cores do arco-íris) , influenciada pelos níveis de luz e humidade. O seu bico é geralmente longo e encontra-se adaptado ao formato da flor que constitui a base da sua alimentação. A sua língua é bifurcada e extensível e é usada para extrair o néctar das flores. O seu esqueleto e os seus músculos estão adaptados de forma a permitirem um voo rápido e extremamente ágil, em qualquer direção. São capazes, ainda, de permanecerem imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido. Por seu lado, as patas desta ave são pequenas demais, não permitindo que salte ou caminhe, sendo o seu único objetivo o de se agarrar ao ninho ou a penhascos.

Que capacidades têm?
Relativamente às suas capacidades, o Beija-Flor apresenta uma visão muito apurada e além de conseguirem identificar cores, estas aves são das poucas que conseguem detetar as cores no espectro violeta.
Apesar do seu pequeno tamanho, o Beija-Flor é uma das espécies de aves mais agressivas e por vezes atacam aves maiores por invadirem o seu território. As maiores ameaças à preservação deste grupo são a destruição, degradação e fragmentação do seu habitat.

Simbologia do Beija-Flor:
O Beija-Flor é um animal que tem um grande valor simbólico associado. No Xamanismo, esta ave representa o amor romântico, a alegria, a cura, a sorte, a suavidade, a proteção espiritual e a capacidade de clareza para enfrentar os obstáculos da vida com serenidade e aceitação. O Beija-Flor ensina-nos a suavidade do viver contemplando tudo o que há e principalmente procurar o nosso estado no universo interior de cada um. Representa ainda o conhecimento proveniente das várias flores que prova, a astúcia e a inteligência.

E Eu?
Eu identifico-me com este animal, tão pequenino, mas tão poderoso. Comparo os meus pensamentos ao seu voo rápido e nas várias direções - a minha mente encontra-se em constante reboliço, sem direção certa... E após este estado de ativação, tal como o Beija-Flor, aproveito a visão interior para ler, refletir, olhar de uma outra forma, sentir e procurar um sentido para tudo o que surge na mente. Eu sinto-me também ameaçada quando invadem o meu habitat, o meu espaço, o espaço que habituei a minha mente inquieta a percorrer. Finalmente, a sua simbologia retrata o meu objetivo presente: a busca de algo mais, a busca interior, o encontro com o Eu Espiritual.
 
Espero que façam este saltitar de flor em flor (de pensamento em pensamento) comigo, para que juntos consigamos chegar mais longe.